Capa Nutrição

Talvez você já esteja cansado(a) de tentar fazer dietas ou utilizar estratégias alimentares restritivas que não funcionam ou funcionam de forma pontual.

Provavelmente, você já seguiu diversas regras alimentares por um período, mas não conseguiu manter esses comportamentos, assim se sentiu frustrado(a) e achou que não tinha disciplina suficiente para fazer dietas ou acreditou que a culpa é sua por não ter alcançado seus objetivos.

O problema é que não nos alimentamos simplesmente para suprir as necessidade do nosso corpo, se fosse assim, seria fácil ficar apenas contando as calorias dos alimentos.

Comer é um ato que envolve diversas vertentes (emoções, interação social, fisiologia, bioquímica, vivências, história familiar, aprendizado…), quando você se propõe a seguir dietas restritivas está olhando apenas para as questões biológicas, por isso, a tendência é não funcionar. Para que você tenha uma vida equilibrada e se sinta em paz com o corpo e a comida é necessário trabalhar questões mais profundas. Esse trabalho é um processo, que pode até ser mais demorado, mas que pode lhe trazer resultados mais consistentes de duradouros.

Visa melhorar a relação do indivíduo com a comida e com o corpo.

No atendimento nutricional com abordagem comportamental as consultas acontecem em um intervalo menor, podem ser semanais ou quinzenais. Conforme as necessidades individuais. Nesse tipo de acompanhamento não há prescrição de dietas restritivas. Isso não quer dizer que não exista um planejamento alimentar, mas todas as demandas do paciente são trabalhadas de maneira gradual, começando com pequenas metas que vão evoluindo ao longo do tempo. Além disso, olhamos de forma mais profunda para a história alimentar de cada paciente e para sua a relação com a comida e com o corpo. Durante o acompanhamento o emagrecimento pode ocorrer, mas não é o objetivo principal nem uma garantia. O processo de emagrecimento envolve muitos fatores (genética, ambiente, hormônios, estilo de vida…) e nem sempre pode ser alcançado apenas com ajustes alimentares.

Kelly Oliveira

CRN 1 - 4962

Meu nome é Kelly, sou nutricionista formada pela Universidade de Brasília desde 2007. Pós-graduada em Nutrição Clínica Funcional e em Nutrição Comportamental. Especializada em Transtornos Alimentares pelo Instituto de Psiquiatria da USP. Tenho experiência em atendimento na área de nutrição clínica e na área de nutrição esportiva (trabalhei um período com praticantes de escalada). Já trabalhei atendendo em clínicas e também como personal diet. Atualmente, atuo na área clínica com abordagem comportamental e na área de transtornos alimentares.

Gosto de estudar e entender de forma mais profunda todas as vertentes ligadas ao ato alimentar, o ser humano é muito complexo para que a alimentação seja vista apenas como uma necessidade para suprir suas demandas biológicas. Como diria Gustavo Barcellos, psicólogo e pesquisador, “comer é um ato fisiológico, antropológico e cultural, mas também emocional e simbólico”. Nossa relação com a comida está envolta de emoção, afeto e simbolismo desde nossa primeira experiência alimentar que é a amamentação.

Como nutricionista, adoro ouvir meus pacientes e trabalhar cada demanda de forma individualizada. Pois cada ser humano é único; tem seu próprio universo; sua individualidade fisiológica e bioquímica; seu perfil emocional, psicológico e cultural.

Histórico curricular

– Graduada em Nutrição pela Universidade de Brasília (2007). 

– Pós-Graduada em Avaliação e Terapia Nutricional de Paciente Renais pelo Instituto Cristina Martins, ICM, Brasil (2012). 

– Pós-Graduada em Nutrição Clínica Funcional pela Universidade Cruzeiro do Sul, UNICSUL, Brasil (2016). 

– Pós-graduação em Comportamento Alimentar no Instituto de Pesquisas Ensino e Gestão em Saúde (IPGS). 

– Aprimorada em Transtornos Alimentares pelo Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP).

CARLOS

Queria muito dar um feedback do seu trabalho; antes de tudo queria MUITO te agradecer, eu já tô tendo ótimos resultados, consegui dar uma emagrecida já e olha que nem comecei com exercícios de fato, tô só com o Pilates! Mas o mais importante é que eu agora eu sinto que tenho uma noção tão completa do meu corpo assim, eu sei com muito mais acurácia a hora que devo comer e quanto devo comer e isso tem me ajudado num nível colossal. Então queria agradecer demais, não seria possível sem seu trabalho e sua ajuda, tenho certeza que não teria os mesmos resultados com outro profissional! E tudo isso porque você teve toda paciência para me explicar tudo milimetricamente e soube tirar minhas dúvidas. Os resultados tão vindo devagar, mas de uma forma agradável, sem fazer com que eu sinta falta de qualquer coisa e mais importante, de uma forma bem mais estável que qualquer dieta que eu pudesse fazer, portanto apenas gratidão, Kelly!! Com certeza! Você salvou minha saúde, saiba disso hahahahaha.

TEREZA

“Kelly, minha nutri pra vida! Além de ser super estudiosa, ela genuinamente nos escuta. Com ela eu aprendi que uma alimentação saudável é fácil, sem terrorismo, sem complicações. É na verdade, uma reeducação alimentar para vida. E quando a gente aprende a se alimentar de forma saudável a perda de peso ou ganho de massa muscular se torna sustentável. E o segredo é esse, ser sustentável, pois tem que ser pro resto da vida. A Kelly vem com essa simplicidade, sem modismos, mas com muito embasamento e estudo. Amooo!!”

Já tentei diversas dietas, até já consegui emagrecer, mas depois de um tempo acabei engordando novamente. Por que isso acontece?


Emagrecer virou uma das maiores obsessões da sociedade atual e a informação mais propagada pelos diversos meios é de que podemos ter o corpo e aparência que desejarmos basta ter autocontrole, força, foco e fé! E se você não consegue emagrecer é porque não teve determinação suficiente. Diante desse cenário, é comum que as pessoas se submetam a diversos tipos de dietas restritivas. Opções é o que não falta! Dieta detox, dieta da proteína, dieta paleolítica, dieta da sopa, dieta da USP, dieta sem glúten, dieta sem lactose, dieta sem açúcar, dieta sem carboidratos… Todo dia surge uma nova! O problema é que as dietas restritivas tendem a “funcionar” no começo, pois a pessoa perde peso. No entanto, o problema é conseguir se manter fazendo restrições e consequentemente manter o peso alcançado. As pesquisas demonstram que 90% a 95% das pessoas que fazem dietas restritivas voltam ao peso inicial ou ganham mais peso. Não é falta de força de vontade, o corpo humano foi programado para nos proteger de situações extremas, quando fazemos dietas restritiva ele enxerga isso como uma ameaça, pois a gordura é vista pelo nosso cérebro como uma proteção. Então, quando o corpo se sente ameaçado o cérebro sinaliza aumento de apetite, e diminuição do metabolismo. Com isso há uma aumento da obsessão por alimentos, principalmente os proibidos ou com maior teor de calórico. Ao fazer dietas restritivas é como se você estivesse declarando uma guerra ao seu próprio corpo. Dificilmente você conseguirá vencer todos os mecanismos biológicos altamente ajustados ao longo da existência humana. Resultado disso é você se sentir culpado e fracassado, achando que não tem autocontrole.

Por que é tão difícil emagrecer?

Para conseguir emagrecer é preciso mudar hábitos. Não há fórmula mágica! Mudar é difícil, mesmo quando conseguimos realizar pequenas mudanças em nosso cotidiano a tendência é que voltemos a realizar os hábitos antigos. A mudança de comportamento exige que estejamos atentos as nossas atitudes,. Além disso, para que consigamos mudar algo é necessário que a transformação seja gradual e sustentável.

Qual é a diferença entre perder peso e emagrecer?

 

O nosso corpo pode ser dividido em dois compartimentos: massa gorda (composta exclusivamente por tecido adiposo) e massa livre de gordura (composta por água e tecidos metabolicamente ativos – demais órgãos). O somatório desses compartimentos representa o nosso peso corporal. Ao subir na balança você visualiza seu peso corporal. Quando você olha a balança e observa que perdeu 5Kg, isso significa que perdeu peso, mas não necessariamente emagreceu. Emagrecer significa tornar-se mais magro, ter mais massa magra. Isso pode ocorrer de 3 formas: aumentando massa muscular (massa magra), diminuindo a quantidade de tecido adiposo (massa gorda) ou pela somatória de ambos. Sendo assim, perder peso por si só pode não ser algo tão interessante, pois a pessoa pode estar perdendo massa magra. O emagrecimento é um processo a longo prazo e para que seja sustentável demanda que ocorram mudanças no estilo de vida da pessoa.

Para emagrecer é preciso cortar carboidratos?

 

Nenhum radicalismo é capaz de promover um emagrecimento sustentável. Cortar carboidratos da alimentação pode entrar no mesmo campo das dietas restritivas. Pode até surtir efeito em curto prazo, mas a longo prazo não a pessoa não consegue manter. Quando falamos de alimentação é sempre importante lembrar do equilíbrio, apesar de ser algo que todo mundo sabe acabamos sendo iludidos por soluções milagrosas. Para resultados duradouros é sempre importante lembrar que a mudança de hábito precisa ser sustentável.

Comer carboidrato a noite engorda?


Vivemos uma era de terrorismo nutricional, que cria diversas regras como se todos os seres humanos fossem iguais. O nosso corpo precisa de carboidratos para diversas funções fisiológicas. O mais importante não é o momento que você ingere os carboidratos ou qualquer outro tipo de nutriente, mas o equilíbrio deles ao longo do dia conforme as sua necessidades nutricionais.

Eu preciso comer de 3 em 3 horas?


Quando fazemos isso deixamos de respeitar os sinais internos do nosso corpo. Assim acabamos comendo mesmo sem sentir fome porque deu a hora. Sinais de fome e saciedade são mecanismos fisiológicos altamente desenvolvidos, mas ao longo do tempo o ser humano passou a deixar de observá-los. Atualmente, há uma falta de sintonia entre comida, mente e corpo. Nascemos com a habilidade de comer quando estamos com fome e parar quando estamos satisfeitos. Ao longo da vida, somos ensinados a comer de acordo com as regras alimentares de quantidade, qualidade e horários e vamos nos distanciando da nossa capacidade interna de atender aos sinais de fome e saciedade. Um comedor intuitivo se comporta de acordo com seus sinais internos de fome e come o que escolhe, sem sentir culpa, sem julgamentos. Quando respeitamos esses sinais comemos o que realmente o corpo necessita, nem mais, nem menos. Por mais que você tenha se afastado da consciência do funcionamento do seu corpo é possível trabalhar isso para que você se torne um comedor intuitivo.

É possível se alimentar de forma equilibrada sem fazer dietas?


Quando trabalhamos a consciência corporal e a autonomia alimentar não é preciso ficar fazendo dietas. Ter um conhecimento mais amplo sobre o funcionamento do nosso corpo e sobre alimentação nos dá liberdade para escolher o que iremos comer, sem culpa.

Meu problema é que gosto de comer, por isso não consigo emagrecer.


Gostar de comer não é um problema, faz parte da existência humana o comer hedônico (por puro prazer). O ser humano é muito complexo para se alimentar apenas pensando em suprir necessidades biológicas. A questão principal é ter consciência da nossa relação com a comida e o porquê estamos comendo. Não é preciso deixar de ter prazer ao se alimentar, o importante é buscar um equilíbrio de hábitos.

Percebo que como mais quando me sinto ansioso(a).


Muitas vezes ao não sabermos lidar com nossas sensações, emoções e sentimentos usamos diversos subterfúgios, entre eles a comida. A ansiedade pode ser devido a diversas coisas, quando usamos subterfúgios deixamos de trabalhar o que sentimos. Os subterfúgios podem aliviar a sensação de forma momentânea, mas se não a trabalhamos de maneira mais profunda a sensação passa a ser recorrente. A conexão entre comida, emoções e comportamentos é muito forte e complexa. A comida muitas vezes é utilizada para reduzir ou cessar emoções negativas e prolongar positivas. O estado emocional influencia o desejo de comer de diferentes formas: alguns comem menos outros comem mais. O primeiro passo é conseguir ter consciência de que estamos tendo episódios de comer emocional. O comer emocional em si não é um problema, mas quando ele passa a ser recorrente e você não tem consciência pode ser problemático. Como você pode diferenciar a fome física da emocional? Fome física – estômago roncando, baixa energia, a fome cresce aos poucos, comeria qualquer coisa, comer traz saciedade e satisfação. Fome emocional – ausência de sinais físicos (sem ronco no estômago), desejo de comer algo específico, vaga pela cozinha procurando “algo” para comer, comer não traz saciedade.

Tenho dificuldades com doces, se eu tiver uma barra de chocolate na minha frente só fico tranquilo(a) após comer o último pedaço.


Geralmente, quando classificamos alimentos em “proibidos” e “permitidos”, “bons” e “ruins” ou criamos muitas regras pioramos nossa relação com esses alimentos. Por exemplo, se a pessoa restringe doces ela terá mais vontade de comer doces. Por não ter uma relação boa com doces tenderá a restringir ou comer demais, vivendo um comportamento de 8 ou 80. É possível trabalharmos nosso comportamento de forma a melhorar nossa relação com os alimentos e assim podermos comê-los sem culpa ou julgamentos.
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